Saturday, May 13, 2006

Event under the organization of Dania Roberta Acevedo, as President of SSWA in 2004


Carnaval... MMMM

Por Claudia Ramirez

Era por volta das seis e media da tarde e algumas do comitê organizador estávamos reunidas numa suite do Hotel Grand Copthorne para finalizar os últimos detalhes, enquanto Patricia Davis (Relações Públicas por profissão e maquiadora por devoção) dava uma "manita de gato", expressão que usa frequentemente em espanhol ao refeferir-se aos retoques finais da maquiagem.


Antes de subir ao quarto, havíamos passado pelo Ballroom e ficamos extasiadas ao ver a decoração. Uns belíssimos olhos, como backdrop, emolduravam de lado a lado todo o cenário, juntamente com o manequins. As mesas cheias de confetes e apitos alegravam o ambiente. O DJ já estava fazendo a prova de som e o samba já ressoava no salão ainda vazio. Já cheirava a carnaval.


Chela Gillot, como boa tesoureira, foi a mais pontual e estava já na recepção com a Betsy Velazquez e Elena Vamvaquitis, que gentilmente decidiram colaborar. Dania Acevedo estaria recebendo os convidados, em sua posição de Presidente, já que pensamos que seria melhor que ela pudesse se relacionar com os convidados e estar relaxada para o seu discurso de abertura.Élégie Santini, bom, a ela não havíamos visto muito nestes últimos dias. Ela foi a responsável de toda nossa festa de Carnaval.


Ela, Solange Antunes e Marisa Havener foram os pilares da equipe deste evento. Aí estávamos todas, um pouco nervosas, conferindo os detalhes da música e decoração.



Alejandra Grobet e eu (Claudia Ramirez) estávamos repassando o script para ser as mestres de cerimônia. Sabíamos que ia ser divertido. As sete em ponto, quando descemos, já alguns convidados também haviam começado a chegar.


Desde o principio se sentia um bom ambiente. Todo o mundo parecia vir mentalizado a se divertir. A viver um verdadeiro Carnaval.
A maioria das quase 300 pessoas que assistiram esta noite, vieram fantasiadas. Os poucos que não, compraram mascaras, colares e plumas coloridas que estávamos vendendo na entrada. A porta do Ballroom continua fechada. Olga e Sandra Perez fizeram "América" vendendo os números para as rifas. A tensão se começava a sentir. Havia muita gente no Hall. Alguns já começavam a perguntar por que no abriam as portas. Finalmente, as oito, se deu sinal verde para dar acesso dos convidados ao salão.


Todo estaria bem, porque a maioria já sabia que numero de mesa tinha designado. Até o momento tudo saia conforme o planejado.O salão estava a meia luz e o tênue ambiente estava sensualmente contrastado por as vibrantes imagens do Carnaval do Brasil que começavam a ser transmitidos no telão na parte direita do salão. As passistas deixavam sem fala e respiração todos os que entravam. Eles pela emoção, elas pela inveja.

Foi uma entrada rápida e sem muitos problemas. Quando me dei conta Dania e Élégie já estavam no palco fazendo os cumprimentos iniciais e pedindo um momento de silencio pelas vitimas dos recentes atentados de Espanha. As recordo reluzentes. Dania com seu traje flamenco e Élégie com o de arlequim. Falaram brevemente do Carnaval do Brasil, da historia e do porque era importante integrar a comunidade brasileira com a comunidade de idioma espanhol. Os assistentes aplaudiram. Em suas caras já se via felicidade, aprovação. O espírito de alegria havia se incorporado a cena. Inclusive as cores do salão já eram diferentes. Que viva o Carnaval !!! foi o ultimo que escutei antes que a musica começou a soar.
Na parte de traz do salão, os 14 rapazes da batucada WickAura terminavam de afinar seus tambores e esperavam o momento do seu espetáculo. Estavam nervosos porque sendo asiáticos tocando musica típica do Brasil, este evento ia ser um termômetro para eles. Era sua primeira prova com brasileiros de verdade.
Até agora os convidados não sabiam o que ia acontecer. De repente, buummm, subiram no palco e começaram a tocar como deuses. Todo o público olhava paralizado, contentes, muitos começaram a mover-se no próprio lugar, mas ninguém se atrevia a iniciar o baile. Muito cedo para dançar com tão pouco álcool correndo pelas veias. Quando terminaram o DJ colocou samba. Cinco segundos mais tarde, a pista parecia uma loja de Orchard Road com descontos de 50% em pleno domingo. Gente de todo tamanho, cheiro e cor moviam seus corpos cadênciosa e rapidamente. Isso sim foi exercício.
A festa seguiu em frente entre dança, musica e celebração. As pessoas se socializavam, alguns riam, outros falavam. Houve rifas e concursos de fantasias. Depois, batucada outra vez. E que vez! O salão arrebentava. Todos embevecidos pela musica, pelo vinho que já começava a fazer das suas. Era cerca de meia noite e já era tempo para o espetáculo central. Outro grupo grande subiu ao cenário. Era a Capoeira do Mestre Ousado. Se formaram em meia lua e vi o berimbau e os tambores no meio. Vi corpos bem formados fazendo acrobacias em meio ao baile. Também cantavam. Lutavam corpo-a-corpo de uma forma infinitamente sexy. E uma arte marcial sensual. Nunca o havia pensado deste modo. Mas sim. Tinha que ser como todo o que é brasileiro. Infinitamente sensual.
O espetaculo termino e o ambiente de triunfo se podia respirar. O evento havia sido um sucesso. Agora, as que havíamos estado trabalhando, podíamos desfrutar do que ficava da festa, como festa. Traguinhos de bebida iam e vinham. A "manita de gato" de Patrícia já se estava desvanecendo como na historia da Cinderela depois da meia noite. Mas tinhamos o coração inchado de alegria e a boca tinha gosto de êxito. "Que bonito carnaval !" ... " Que bom evento ! " "Garotas, vocês arrazaram! "
Estas e outras que a tequila não me deixam recordar foram as palavras com que muitos se despediram aquela noite. Minha primeira noite de um verdadeiro carnaval brasileiro.
Artigo extraido da edição no. 2 (Marzo-Abril 2004)
REVISTA NOSOTRAS (Spanish Speaking Women´s Association)

1 Comments:

At 2:21 PM, Blogger Oscar Silbiger said...

BRASILEIROS QUE RECONSTRUÍRAM SUAS VIDAS
FORA DO BRASIL PODERÃO TRANSFORMAR
SUAS EXPERIÊNCIAS EM LIVRO
Sair do próprio país para enfrentar desafios numa terra nova não é tarefa fácil para ninguém: além das dificuldades da língua, serão encontrados costumes diferentes, regras desconhecidas e outros obstáculos que precisarão ser superados com muito esforço, resiliência e determinação.
Este é o cenário que milhares de brasileiros encontram pela frente quando decidem refazer suas vidas ultrapassando fronteiras.
Um escritor biógrafo brasileiro com 36 anos de atuação retratando trajetórias pessoais, familiares e corporativas está procurando histórias de quem foi mundo afora com objetivo de estudar, trabalhar ou simplesmente conhecer novas culturas para transformar em livro reunindo textos e imagens emocionantes.
Oscar Silbiger, 60 anos, explica que a ideia é evitar que os detalhes destas experiências únicas sejam apagados gradativamente pela ação do tempo: “Vamos resgatar e preservar estas “caminhadas” tão especiais, conquistas, realizações, momentos de superação etc. que certamente servirão como referência e inspiração para outras pessoas que também sonham em viver no exterior”.
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